segunda-feira, 16 de abril de 2012

O AMOR COMO MÉTODO PSICOTERAPÊUTICO

A Psicoterapia do Amor


A nossa relação homem e mulher contemporânea, herdou quase meio século de individualismo e competitivismo, caracterizada pela dominação do outro, gerando ansiedade, desmotivação para os ideais interiores, insatisfação e o vazio existencial, contrário ao auto-amor.
A partir de amar-se a si mesmo, o indivíduo amadurece os sentimentos de compreensão da vida e de deveres morais para com a própria evolução psicológica. Esses descobrimentos permitem ao homem a identificação dos valores reais e imaginários, rasgando o véu que esconde os “receosos” limites e as “insuportáveis” imperfeições, a fim de prepará-lo para a superação, trabalhando com empenho e sem exigências desnecessárias, perdoando-se quando erra até alcançar o êxito.
O amor não pode jamais ser biológico ou ocasional, deve ser acima de tudo espontâneo, sem forma, sem imposições, sem cobrança e sem exigência de retribuições. Desse modo, o amor não gerará dependência, a que se apegam os ansiosos, os fracassados, os angustiados, que transferem seus conflitos para o outro, necessitando de uma segurança que ninguém pode lhe oferecer, a não ser ele próprio.  Não é difícil encontrar um relacionamento cuja base está no jogo de interesse de dois indivíduos solitários que buscam uma relação de compensação, engajados por um pseudoamor, quando, na verdade, estão se esquivando da solidão, daquele vazio interior que suscita perturbadoras neuroses.
Para que haja ternura no relacionamento se faz necessário que existam forças morais, oriundas do autoconhecimento e do abandono das máscaras ilusórias, que antes traduziam o amor, a fim de superarem as vicissitudes sem que se perca a individualidade e os sonhos. O amor é o mais eficiente método psicoterapêutico ao alcance de todos.

Fernando André Costa
Psicoterapeuta

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